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O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-CE), Luciano Simplício palestrante convidado pela direção do Sindicato dos Comerciários de Fortaleza, realizou na manhã do dia, 23/05, na sede do sindicato dos Comerciários de um debate sobre a atual conjuntura política do Brasil.
Análise de conjuntura:
Luciano Simplício destacou sobre os fatores interno e externo da crise política do país, além das interferências dos fatores na democracia. Para o presidente da CTB, o processo de impeachment é originalmente dos Estados Unidos (EUA), porém, lá nunca foi utilizado. Na história atual sobre o impeachment da presidenta Dilma, essa jogada é o retrocesso da “democratização”. “Existem vários fatores que contribuíram para o golpe, as principais são: a partilha do petróleo e a conquista do pré-sal, no qual, isso cominou a um “consócio” golpista, e assim, os cenários da crise vem a reboque da espetacularização da justiça, com a imposição da força midiática brasileira. O fato é, existe uma conspiração contra o povo brasileiro, aos menos favorecidos. Enquanto a grande mídia internacional faz as denúncias sobre o cenário político, aqui no Brasil, os donos da mídia escondem...” disse Luciano.
Em outro momento, o palestrante ressaltou sobre a Petrobras que é, infelizmente, protagonista central dessa disputa da direita. “O projeto do golpe se atrela ao projeto político dos EUA”. O Temer no poder é um risco aos direitos democráticos, retrocesso à liberdade e ao projeto social e trabalhista da classe trabalhadora. Os parlamentares intervêm em suas medidas congressistas um “saco de maldades”. Portanto, vamos entender o que está em jogo:
1) Diminuição do rendimento do FGTS como fonte para financiar o programa Minha Casa Minha Vida. Limitando o acesso dos trabalhadores à sua casa própria, além de ocasionar desemprego na construção civil.
2) Limitação de concessões de empréstimos estudantis ao FIES. Muito se fala em “meritocracia”. Mas a realidade é que os filhos dos trabalhadores mais humildes passariam a ter menos (ou nenhum) acesso a Universidade.
3) Intervenção no SUS. O objetivo dos golpistas seria reduzir o orçamento do SUS, repassando o investimento ao Ministério da Saúde. O ato iria prejudicar os beneficiários e o SUS profundamente, já que teria que funcionar com menos recursos.
(4) Fim da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
5) Fim da política de valorização do salário mínimo. O que está sendo proposto pelos golpistas é o fim das políticas públicas que valorizam o investimento na saúde e educação dos trabalhadores.
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