Caminhoneiros deflagraram na manhã desta segunda-feira (21) uma paralisação nacional contra a política de reajuste do diesel. A manifestação é organizada pela Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros).
Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), havia 34 pontos de interdição em 10 estados -Mato Grosso, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Os caminhoneiros têm bloqueado rodovias pelo país. A entidade representa caminhoneiros autônomos em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco.
Na cidade de São Paulo, pontos de manifestação afetam o trânsito nesta manhã. Os caminhoneiros bloquearam pistas da marginal Pinheiros, na zona sul, e da Avenida Jacu-Pêssego, na zona leste.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o trânsito está acima da média. O protesto ganhou força por volta das 7h40, quando quatro caminhões, um em cada faixa, passou a andar lentamente pela marginal Pinheiros segurando o fluxo de veículos na pista expressa, no sentido Castelo Branco.
Ainda de acordo com a CET, não houve nenhum tumulto além da lentidão na marginal. Já por volta das 9h30, apenas um caminhão segurava o trânsito em uma faixa da direita na avenida Escola Politécnica, também na zona oeste.
A fila de veículos no local já passava de 1,5 km. A CET informou à reportagem que os manifestantes não repassaram o percurso do protesto.
A rodovia Anchieta (SP-150) e a rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-248) também tinham pontos de interdição pela manhã, segundo as concessionárias. Na rodovia Presidente Dutra, quatro trechos estavam interditados, próximo de Guarulhos, Lorena, Pindamonhangaba e Jacareí.
A CCR NovaDutra havia afirmado na sexta-feira passada (18) que conseguiu liminar favorável à petição de Interdito Proibitório contra essas manifestações.
REIVINDICAÇÕES
Os caminhoneiros reivindicam do governo federal mudanças na política de reajuste dos combustíveis da Petrobras.
Eles querem redução da carga tributária sobre operações com óleo diesel a zero, referentes às alíquotas da contribuição de PIS/Pasep e Cofins. Pedem também isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).
Os caminhoneiros argumentam que os aumentos do preço do diesel nas refinarias e os impostos afetam o transporte de cargas.
A categoria abrange cerca de 600 mil dos 1 milhão de caminhoneiros autônomos do país.
|